RIO – Dona de uma loja virtual de acessórios femininos há seis anos, Isabela Morisco, de 37, viu suas vendas caírem 70% quase um mês posteriormente a chegada do coronavírus ao Brasil. Para não continuar portanto refém do envolvente de incertezas econômicas instaurado no país, ela resolveu investigar uma urgência da população no momento.
E com talento para artes manuais — algumas das bijouterias que vende, já eram feitas por Isabela — resolveu costurar máscaras.
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Sua trajetória é geral a de outras mulheres, que viram no equipamento de proteção individual uma oportunidade de negócio, sendo vendidas entre R$ 10 e R$ 15.
— Em oito dias do início das vendas, já vendi quase 600 máscaras para clientes finais e estou em contato com empresas para fechar encomendas maiores. O faturamento nesta semana ficou 40% supra do que a média do período sem coronavírus — revela Isabela.
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Asnas últimas duas semanas. E os modelos de tecido ganharam protagonismo na estratégia, já que as cirúrgicas, com performance melhor, continuam sendo sugeridas para o grupo de atenção privativo (porquê profissionais de saúde).
O parelha Cinthia e Roberto Junior, de 37 e 43 anos, respectivamente, conta, porém, que seu trabalho começou antes mesmo de falas do ministério da Saúde neste sentido. Donos de uma empresa de eventos e com muitos contratos suspensos por razão da pandemia, eles chamaram uma amiga modista para o novo repto e iniciaram as vendas de suas máscaras há um mês.
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— Eu acreditava que se na China e na Europa usavam máscaras de tecido, esse seria o caminho cá também, porquê uma medida preventiva. E não deu outra. Antes do proclamação do governo, pudemos testar modelos de máscaras e tivemos um vencedor. Quando o ministro da Saúde recomendou o uso das máscaras de tecido, aí sim a procura aumentou mais — diz Cinthia.
Prateleiras cheias de estilo, contra falta de material
Enquanto uns se planejaram, Vera Cavalcanti, pensionista e dona de um ateliê de fantasias, de 65 anos, teve que improvisar para atender os novos pedidos de clientes e amigos.
— Recorreram a mim pois sabiam que eu tinha material em moradia, inclusive o tecido 100% algodão que é o ideal. Portanto fui assim, devagarinho, dando minha colaboração à sociedade — lembra Vera, que usou seus panos com motivos de flores, oncinhas e vacas, entre outros, para a confecção.
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As peças representam atualmente 60% do seu faturamento. A originalidade não assustou ninguém; pelo contrário. Basta um tour pelas prateleiras virtuais de diversos negócios para checar que os empreendedores abrirem seus leques de opções na compra de matérias-primas muito além dos tecidos neutros — panos e elásticos já estão difícil de descobrir e mais caros no mercado — atendeu à vontade dos clientes em fazer do uso de máscaras alguma coisa mais jocoso.

— Acho que as pessoas pensam que, se vão ter que usá-las, é legítimo que sejam de um tema de que gostam, muito diferentes. As estampadas fazem sucesso — avalia Débora Galhani, de 37 anos, dona do Atelier Costuricando.
Porquê sua atividade principal era dar aulas de costura criativa voltadas ao público infantil, canceladas por tempo indeterminado, a única nascente de renda de Débora vem sendo a venda dos equipamentos de proteção individual. Mesmo assim, o trabalho dela também vira doação:
— No término de semana da Páscoa, eu fiz uma remessa de máscaras para doar a um asilo, pois os idosos integram o grupo de risco. E já entreguei — conta.
Iniciativa de utilidade pública liderada por Era Negócios, Extra, O Mundo, PEGN e Valor Econômico, com base de Stone
Por , em 2020-04-15 10:12:00
Manadeira oglobo.mundo.com
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