Em um condomínio de prédios de Curitiba um grupo de 24 vizinhas, resolveu se unir para praticar voluntariado. Dentre alguns projetos realizados, surgiu o “Respirando Paixão”, com com o intuito de ajudar pessoas que têm cancro. As voluntárias produzem e doam máscaras personalizadas, para pessoas com baixa isenção.
Mas, em quadra de coronavírus, o grupo viu uma oportunidade de expandir o alcance de solidariedade: passou a doar as máscaras também para as pessoas que fazem segmento do grupo de risco.
Sylvia Kuhlmann Souza, é a fundadora do grupo de voluntariado do prédio e do projeto “Respirando Paixão” e relata que nunca pensou que qualquer dia o cenário de hoje poderia viver.
“Diante dos acontecimentos entendemos que devemos priorizar ainda mais a confecção das máscaras para ajudarmos o próximo, não impontando que é”, conta a fundadora
Máscaras são produzidas manualmente e com tecidos personalizados
As máscaras, são feitas manualmente pelo grupo e podem ser esterilizadas para serem usadas novamente. Elas são produzidas com tecidos muito coloridos e alegres, além de costuradas com muito carinho e dedicação.
Sylvia conta que as máscaras são produzidas sem mão de obra terceirizada e que por desculpa da urgência do isolamento domiciliar, não estão mais se encontrando no Ateliê de trabalho. Mas, isso não parou o projeto, a produção continua cada uma em sua mansão.
O resultado é feito com o tecido tricoline e possuí seis tamanhos diferentes, visando atender a todos que precisam:
- 1: bebê a 1 ano;
- 2: 1 ano a 3 anos;
- 3: 3 anos a 6 anos;
- 4: 7 anos a 12 anos;
- 5: 13 a 18 anos;
- 6: adulto grande
As doações são feitas fixadamente para os hospitais Erasto Gaertner, Universitário Evangélico Mackenzie e para a Instituição Humsol. Porém, com a pandemia mundial, além desses locais o projeto está doando para quem precisa, independente da situação financeira da pessoa.
Mãe de fundadora foi inspiração para geração do projeto
Sylvia conta que sua inspiração foi sua mãe. Tudo começou quando ela ficou pejada e precisou se alongar do trabalho. Portanto, decidiu perfurar seu próprio negócio, conseguindo reger melhor o tempo. Assim, conciliava o trabalho e atividades de voluntariado uma vez por semana, mas não achava que era o suficiente. Ela queria ir além.
“Eu aprendi a valor de se destinar ao próximo com a minha mãe. Nesse tempo ela ficou doente, teve cancro. E eu queria fazer um tanto relacionado a essa doença. E portanto, em um sábado vi a Ana Furtado na televisão, ela teve cancro e estava usando uma máscara colorida. Essa doença é muito fria e as cores deram um tom”, relata Sylvia
Depois desse incidente, viu que era isso que ela gostaria de fazer: produzir máscaras coloridas para pessoas com cancro ou que tenham baixa isenção.
Com a ajuda de amigas próximas, ela deu início ao projeto. No início o grupo arcava com as despesas, mas com o tempo o dispêndio foi ficando mais supino e foi preciso recorrer a um auxílio.
Ela relembra que contava com ajudas específicas que acabaram fechando as portas para a ação, mas ressalta que sempre teve em mente que “quando você trabalha com o muito, não tem o que dar inexacto”. E assim aconteceu. O projeto foi aceito pelos hospitais Erasto Gaertner e Evangélico. Sem parar por aí, o Instituto Humsol convidou o grupo para oferecer máscaras para eles.
Em menos de um ano, o sucesso veio: o projeto conseguiu produzir e doar mais de 6 milénio máscaras. A fundadora conta que hoje as pessoas que vão até eles.
“É um projeto que eu tenho o maior carinho, o maior paixão. A minha mãe acabou falecendo com o cancro. É nesse momento que vemos que tudo é zero! O que realmente importa são as pessoas, as amizades. É um sofrimento que é necessário parar, pensar e se reinventar. Eu precisava fazer mais isso, enfrentar essa dor com paixão. é isso que a gente faz”
Projeto precisa de ajuda para se manter
Os gastos são com a produção, os materiais. Por isso, o grupo sobrevive de doações de tecido e também da venda de kits de panos de prato. Todo o verba arrecadado é convertido para o projeto.
Quer ajudar o projeto ou pedir uma máscara? Entre em contato com o “Respirando Paixão” pela página do Instagram: @projeto_respirando_amor.
A fundadora Sylvia, ressalta que ajudar o próximo é privilégio para poucos e que deve ser realizado com muita seriedade e comprometimento.
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Por , em 2020-03-30 21:31:45
Manancial ricmais.com.br
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